quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Parque Estadual do Terra Ronca / State Park Terra Ronca's


Entrada da caverna Terra Ronca I / Entry of "Terra Ronca's" I caveExif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/20s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 11:02h

A primeira vez que visitei uma caverna (ou gruta) foi em 2002, em uma fazenda localizada no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais/Brasil. Eu tinha 17 anos, ainda com pouco contato com natureza, fiquei impressionado com o que vi, foram duas horas e meia de caminhada dentro da gruta, um passeio com guia feito com uma turma de amigos. Desde então não tive oportunidade novamente de caminhar por outras cavernas, mas a vontade continuou. Não sabia aonde encontrá-las, até que um dia pesquisei sobre localizações de cavernas no Brasil para que pudesse aproveitar o feriado nacional de 7 de setembro (Proclamação da Independência Nacional), e então conheci o Parque Estadual do Terra Ronca (PETeR), localizado na região nordeste do estado de Goiás. Encontrei informações superficiais do parque, não havia muito conteúdo publicado na internet. Portanto, resolvi relatar esse passeio com a maior riqueza de detalhes possível. Espero que goste.

Localização do parque / Park's location

As cavernas nada mais são do que cavidades de formatos variados, cujos buracos são formados pela dissolução do carbonato de cálcio pela água, proveniente das rochas calcárias. Junto com a geração do buraco são formados os espeleotemas, originados a partir da dissolução de minerais pela água e posterior recristalização, os quais possuem os nomes de estalactites (recristalização no teto), estalagmites (goteiras do teto que se recristalizam no solo) e as colunas (emendando o teto e o solo por meio da recristalização). Tais formações são as principais atrações cênicas presentes na caverna, com diversos formatos curiosos.

O PETeR, criado em 1989 e extensão de 57.000 hectares, é controlado pelo Governo do Estado de Goiás. Localizado no extremo da região nordeste do estado, corresponde a um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul. Moradores da região e pesquisadores estimam que hajam entre 250 e 300 cavernas, sendo que em torno de 50 estão abertas a visitação.

Saímos de Uberlândia/MG e percorremos aproximadamente 780km, passando por Brasília/DF. Estramos pelo sul do parque, a partir da cidade de Posse e Guarani de Goiás. Até Guarani o percurso é feito por asfalto e a partir de Guarani é só terra, portanto só verá asfalto novamente quando sair do parque. Ficamos hospedados em camping na Pousada São Mateus (http://www.pousadasaomateus.com/), que também tem infraestrutura de chalés. O local é limpo e organizado, com excelente café da manhã e almoço, que já estavam inclusos no nosso pacote de feriado. O valor da diária para chalé com café da manhã e uma refeição ficou em 120 reais por pessoa e o camping com café da manhã e uma refeição ficou em 70 reais por pessoa. Achei justo, já que a localização é ótima e o atendimento também é muito bom, e era feriado. Não tinha conexão wifi, o que me deixou ainda mais satisfeito, já que um dos objetivos do passeio era ficar OFF das rotinas cotidianas.

As coordenadas da foto é de outra pousada, a Estação Lunar. Ela fica no povoado de São João, é preciso passar pela pousada São Mateus para chegar nela.

Não há muitas pousadas na região e a infraestrutura turística é um pouco precária. A vila São João é bastante humilde, sem supermercados, não possui restaurantes e muito menos farmácias. Portanto, é muito importante levar suprimentos necessários para garantir a estadia na região por alguns dias. Chegamos tarde, por volta de meia noite, não foi difícil encontrar a pousada, já que há uma única estrada que percorre o parque de sul ao norte e havia pelo menos duas placas sinalizando a distância até a pousada. Três amigos de Brasília nos aguardavam, pois tinham chegado por volta das 20h. Como combinado por telefone os proprietários da pousada deixaram a janta pronta, esquentamos a comida no microondas, jantamos, tomamos uma cerveja para relaxar e fomos dormir. Como a nossa barraca é no teto do carro não levamos muito tempo para armá-la, precisávamos dormir já que no próximo dia seria cedo e esperávamos que a primeira caverna seria a mais difícil do passeio, mas não foi a única difícil.

Acordamos às 7h, tomamos o café da manhã, que estava muito bom. Para quem quiser, a pousada prepara por 14 reais um kit lanche para levar no passeio dentro das cavernas, com pão caseiro, alface, muçarela e frango, acompanhado de um suco de caixinha. Como já tínhamos preparado um kit para nós optamos por não comprar, mas nossos amigos compraram e ficaram bastante satisfeitos. O guia, que nos pediu para chamá-lo de "Du", chegou por volta das 8h, cujo valor do serviço era 20 reais por pessoa. Atrasamos a saída um pouco pois outras duas pessoas queriam nos acompanhar no passeio e ficamos aguardando-os a se prepararem. Saímos às 9h, em direção à caverna São Mateus.

Os equipamentos para o passeio não são muitos, mas são importantes. Capacetes e lanternas são indispensáveis, obviamente. Preferencialmente as lanternas devem ser de cabeça, para que você tenha as mãos livres para os obstáculos de pedras, aclives e declives dentro das cavernas. Se tiver lanterna nas mãos terá um trabalho extra ou precisará da ajuda de alguém para a manobras, e aproveite para levar baterias reservas, pois não deve ser nada agradável ficar dentro da caverna sem iluminação. O capacete é cedido pelo guia. Gosto muito dos calçados da Timberland, oferecem resistência, boa aderência, cano longo para não haver torções. Muito cuidado com os solados desgastados, pois pode se tornar escorregadio. É bom levar um relógio para ter noção do horário dentro da caverna, já que não verá o sol por um bom tempo. Para vestuário pode ser camiseta leve, qualquer uma, e de preferência calças, para que não saia de lá com esfolados na canela por contato com as pedras. Eu fui de bermuda e voltei com alguns hematomas. Como eu pedalo também levei minha mochila de hidratação, com 2L de água e bom espaço para carregar utensílios importantes, como: lanterna e baterias reservas, toalha de natação, lanches, saco estanque, blusa corta vento. Ficou faltando na lista o kit de primeiros socorros, que eu levei mas deixei no carro. Por incrível que pareça, precisei de tudo isso durante o passeio.

Além dos equipamentos de segurança ainda levei minhas tralhas para fotografia, como não podia faltar. No começo do passeio comecei a sentir um certo arrependimento, porque não é fácil carregar esse tanto de coisa nas costas, mas para quem gosta de fotografia vale o preço. No final, a recompensa por trazer de lá imagens inesquecíveis me deu toda a satisfação que eu esperava. Nessas tralhas estão: duas câmeras (D3100 e D7000), lentes 18-200mm e 10-20mm, tripé Manfrotto. Minha esposa carregava a D3100, acabou não utilizando, assim ela deixou para trás nos passeios seguintes.

Em direção à caverna São Mateus percorremos 7km pela mesma estrada do dia anterior, sentido contrário ao que viemos. Entramos à direita, em uma estrada de acesso dentro da mata. Até então não percebemos a necessidade de um veículo 4x4, já que a estrada principal permitia fluxo tranquilo para veículos leves, com poucos desafios de areia e apenas uma subida com cascalho, mas sem grandes dificuldades. Neste caminho para a caverna já encontramos bancos de areia e valetas decorrentes de erosão feitas pelo curso da água, obstáculos que certamente colocariam um carro de passeio no limite. Não recomendo para veículos pequenos. Estacionamos os carros na mata e percorremos uma trilha tranquila a pé por uns 800 metros. Estava em época de seca, início de setembro, a muitos dias sem chuva, então a mata estava praticamente preenchida de árvores secas. A temperatura durante o dia era de 32º e 20º a noite. O problema maior era a umidade relativa do ar de 20%, que exigia consumo de líquido constante.

Trilha para chegar à caverna São Mateus / Trail to get in to São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/20, 1/200s, ISO 250, 14mm, 05/09/15 10:28h

Chegando na entrada da caverna Du nos orienta sobre alguns cuidados. Primeira orientação é de que se alguém tem alguma necessidade básica para ser feita, que fosse ali, fora da caverna. Segunda orientação é que ficássemos em silêncio, pois havia um enxame de abelhas por perto. Nos entregou os capacetes, preparamos as lanternas e começamos a descida para a boca da caverna São Mateus. Já na entrada da caverna havia uma quantidade grande de abelhas sobrevoando por ali. Por segurança Du afirma que em caso de ataque do enxame basta nos escondermos no escuro da caverna que elas não vão. O problema é que para chegar no escuro precisava passar por uma fenda entre duas pedras, na qual era preciso retirar toda a tralha do corpo para você caber ali dentro. Demorou uns 15 minutos até todos passarem e a adrenalina já começa cedo. Dali para frente foi só subidas e descidas dentro da caverna, sempre em situações de risco.

Entrada da caverna São Mateus / Entrance of São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/6.3, 1/20s, ISO 250, 10mm, 05/09/15 10:49h

Entrando na caverna São Mateus / Getting into São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/2s, ISO 500, 10mm, 05/09/15 11:07h

Dentro da caverna São Mateus / Inside of São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/5.6, 30s, ISO 400, 19mm, 05/09/15 11:39h

A sensação de estar dentro de uma caverna é exclusiva e extrema. Silêncio e escuridão absolutos, muito difícil de experimentar isso em algum momento da vida. Se você está em uma fazenda você não tem o silêncio absoluto, há a presença do canto dos pássaros, barulho do vento nas folhas, vaca, grilo, etc. A escuridão absoluta também não, porque você sempre tem um LED ligado, a luz da lua, das estrelas, uma lâmpada longe, um celular piscando, enfim. Em um determinado momento sentamos em um salão para o lanche, iluminamos o local para reconhecimento, tiramos algumas fotos e sentamos para descansar. Apagamos todas as luzes e ficamos em silêncio. É de arrepiar.

Dentro de um dos salões da caverna São Mateus / Inside in one of the São Mateus's cave halls
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/5.3, 30s, ISO 160, 18mm, 05/09/15 12:31h

Almoçando dentro de um dos salões da caverna São Mateus / Making lunch inside in one of the São Mateus's cave halls
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 13s, ISO 160, 10mm, 05/09/15 12:38h

Além do aspecto que afeta os sentidos desacostumados (audição e visão) a caverna traz o que tem de melhor para lhe oferecer: as formações espeleológicas. São muitas variações e formatos. De característica bastante peculiar a caverna nos lembra igrejas de estilo gótico, com aqueles contornos espinhosos e dramáticos, com partes simétricas e confortáveis para os sentidos até partes totalmente assimétricas, sem qualquer semelhança com alguma coisa. É impressionante!


Espeleotemas dentro da caverna São Mateus / Speleothems inside of São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.8, 20s, ISO 400, 14mm, 05/09/15 11:50h

Espeleotemas dentro da caverna São Mateus / Speleothems inside of São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.2, 1/10s, ISO 640, 11mm, 05/09/15 12:18h

Na caminhada atravessamos pequeno riacho que passa por dentro da caverna, no qual presenciamos a água brotando por baixo, fazendo borbulhas. Du nos mostrou as marcas da água dentro da caverna em épocas de cheia. Há apenas um local de escape, para fugir do alagamento. Após 4 horas de sobe e desce, cruzamento de riacho, blackout, silêncio, apreciação de formações espeleológicas, cordas, etc, voltamos para a mesma entrada que fizemos, exaustos. Sair foi mais fácil do que entrar, acho que pelo medo que foi embora ou pela experiência adquirida no tempo lá dentro. A sensação de ver a luz natural também gera certo alívio. A luz e o ar fresco também impressiona, por mais que sejam comuns no nosso cotidiano. As abelhas não estavam lá.

Espeleotemas dentro da caverna São Mateus / Speleothems inside of São Mateus's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.2, 1/2s, ISO 640, 11mm, 05/09/15 11:18h

Na trilha de volta para os carros, tirei uma foto de uma flor roxa em meio a tanto bege. Chamou a atenção pelo vigor que ela apresentava ao redor da natureza morta. Chegamos na pousada por volta das 14h, até achei cedo pelo que eu esperava. Os guias fazem apenas uma caverna por dia, então não tínhamos opção de visitar outra. Pedimos a ele uma exceção para aproveitarmos um pouco mais o dia, que nos apresentasse alguma cachoeira na região. Então ele nos levou na cachoeira Palmeiras, pagamos 3 reais por pessoa para entrar. Chegamos lá e havia pessoas (funcionários do Governo do Estado de Goiás) fazendo churrasco ao lado da cachoeira, tomando cerveja, com cadeiras dentro do poço de água, fumando e jogando bitucas de cigarro no chão. Em todos os parques nacionais que já visitei, os quais são administrados pelo ICMBIO, nunca presenciei algo assim pela instituição. Tire a conclusão que achar mais conveniente a respeito disso.

Banho tomado, fotos tiradas da cachoeira e região, voltamos para a pousada. Tomamos banho e o jantar foi servido às 18h. Após o jantar ficamos tomando cerveja, conversando e conhecendo outras pessoas que estavam hospedadas por lá. Aproveitei também para fazer backup das fotos no notebook e colocar as baterias para carregar, já que no dia seguinte a expectativa era a maior possível: iríamos conhecer as famigeradas Terra Ronca I e Terra Ronca II.

No dia seguinte o script foi o mesmo, acordar às 7h, tomar café, pegar o guia e sair. O caminho era o mesmo do dia anterior, porém, ao invés de entrarmos na estrada dentro da mata, continuamos pela estrada principal mais alguns quilômetros. A entrada da Terra Ronca I é possível de ver da própria estrada, não vimos antes porque chegamos a noite. Era uma entrada enorme, com 96m de altura, impressionante. O rio entra por dentro da caverna, tornando a paisagem ainda mais bonita. No dia anterior não tivemos uma entrada assim, era por meio de fenda entre pedras. Desta vez passava um helicóptero, possível de manobrar lá dentro e voltar.

Entrada da caverna Terra Ronca I / Entrance of Terra Ronca's I cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/18, 1/10s, ISO 100, 11mm, 05/09/15 16:46h

Entrada da caverna Terra Ronca I  (96m de altura. Detalhe da minha esposa ao centro) / Entrance of Terra Ronca's I cave (96m tall. Detail of my wife in the center of the photo)
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.5, 1/100s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 10:54h

Entrada da caverna Terra Ronca I  / Entrance of Terra Ronca's I cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.5, 1/80s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 10:56h

Entrada da caverna Terra Ronca I  (tornando escuro) / Entrance of Terra Ronca's I cave (turning dark)
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4.5, 1/80s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 10:56h

A trilha interior na Terra Ronca I era mais leve, com algumas subidas em pedras por meio de cordas, mas nada demais. Mas a frente era possível ver duas entradas de luz, de cor âmbar, uma por cima e outra por baixo, estava muito legal. Durante todo o percurso da I e II atravessávamos o rio de um lado para o outro, constantemente. Ficamos o dia todo molhados. Após atravessar a TR I passamos por uma mata, atravessamos o rio novamente e chegamos na entrada da Terra Ronca II, igualmente impressionante. Havia araras ao redor, pelos cantos era possível identificar, mas não conseguimos contato visual com elas.

Atravessando a caverna Terra Ronca I  / Crossing the Terra Ronca's I cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/5.6, 1/60s, ISO 640, 10mm, 06/09/15 11:37h

Entrada da caverna Terra Ronca II / Entrance of Terra Ronca's II cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/13s, ISO 100, 10mm, 06/09/15 12:14h

A Terra Ronca II era mais sinistra, não tinha trilhas simples de percorrer, era sempre dentro do rio, com cordas e em um determinado momento a água chegou ao pescoço (tenho 1,73m). Foi quando utilizei o saco estanque que comprei para esse momento, coloquei as câmeras e alimentos dentro e atravessei o rio. Havia correnteza dentro da caverna, então neste caso não era o mesmo silêncio presenciado na caverna São Mateus, era diferente, mas a escuridão era igual.

Entrada da caverna Terra Ronca II / Entrance of Terra Ronca's II cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/20s, ISO 250, 10mm, 06/09/15 12:34h

Entrada da caverna Terra Ronca II / Entrance of Terra Ronca's II cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/20s, ISO 250, 10mm, 06/09/15 12:36h

O objetivo deste passeio era conhecer a claraboia (entrada da luz do sol por uma abertura no teto da caverna) e o salão dos namorados, este que foi uma das coisas mais impressionantes que já vi. Era algo épico, surreal. Para chegar nele passamos pela claraboia primeiro, mas não era possível ver aquele raio de luz pois ainda era por volta das 12h e o melhor momento para ver seria após às 15h. Passamos pela claraboia, entramos no rio novamente e chegamos até o salão dos namorados. Tem esse nome por conta da formação de duas estalagmites uma de frente para a outra na entrada do salão, se assemelhando a um casal. Não era apenas um salão, eram vários, altos, com várias colunas sustentando o local, formações de todo tipo. Tiramos algumas fotos, brincamos com os efeitos de luz e longa exposição. Utilizei bastante o tripé que continuei levando, mesmo sendo de certo modo desconfortável. O dia anterior já tinha sido uma prova de que não seria desperdício de esforço ao carregá-lo. O salão era praticamente infinito e até o guia tinha receio de continuar explorando ao fundo com medo de se perder. Acreditamos nele e voltamos.

Interior da caverna Terra Ronca II, claraboia ao fundo / Inside of Terra Ronca's II cave, skylight on background
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/4, 1/15s, ISO 800, 10mm, 06/09/15 13:27h

Caverna Terra Ronca II, salão dos namorados / Terra Ronca's II cave, boyfriends hall
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/7.1, 30s, ISO 320, 14mm, 06/09/15 13:49h

Caverna Terra Ronca II, salão dos namorados / Terra Ronca's II cave, boyfriends hall
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/7.1, 30s, ISO 320, 15mm, 06/09/15 13:55h

Retornando à claraboia sentamos para o lanche e pretendíamos esperar o horário para fazer a foto do raio de luz. No entanto, tivemos um imprevisto, um dos amigos teve um mal estar no dia anterior e começou a se sentir mal dentro da caverna, com sensações de febre e frio. Retirei minha jaqueta corta vento e entreguei a ele, para que pudesse tirar a camiseta molhada. Então não tivemos tempo para aguardar o horário ideal, mas foi possível pegar um pouco do raio. Guardei a câmera no saco estanque e coloquei dentro da mochila. A ideia era retornar rápido para a pousada e garantir a recuperação do nosso amigo. Assim fizemos. No retorno, não passamos por dentro da Terra Ronca I, pois há um atalho por cima da caverna, que chega mais rápido. Mas neste caso a dificuldade era enfrentar o sol forte, sem nuvens no céu.

Caverna Terra Ronca II, claraboia / Terra Ronca's II cave, skylight
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/5, 1/30s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 14:16h

Caverna Terra Ronca II, claraboia / Terra Ronca's II cave, skylight
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/5, 1/40s, ISO 320, 10mm, 06/09/15 14:18h

Caverna Terra Ronca II, claraboia / Terra Ronca's II cave, skylight
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/8, 1/8s, ISO 320, 20mm, 06/09/15 14:59h

Ao chegar na pousada descansamos um pouco, assistindo a um jogo de futebol na tv tomando uma Heineken, duelo entre Corinthians e Palmeiras pelo campeonato brasileiro. O jogo estava bom, mas preferimos ir até o povoado de São João e subir no mirante para ver as Serras Gerais e assistir ao por do sol. As Serras Gerais percorrem toda a divisa leste do estado de Goiás com a Bahia. No caminho de volta, que fizemos durante o dia, foi possível vê-la com mais tempo. Após as 18h chegamos novamente na pousada, tomamos banho, jantamos e sentamos para tomar uma Heineken e colocar o papo em dia.

No dia seguinte iríamos embora logo após o almoço, já que havia mais praticamente 800km de distância até Uberlândia, Então, optamos por um passeio rápido pela manhã, saindo cedo. A melhor opção seria visitar a caverna Angélica, uma das mais famosas e mais fácil de visitar. Acordamos mais cedo do que nos dias anteriores, para aproveitar o tempo, no entanto, tivemos um imprevisto: o pneu dianteiro do carro estava furado. Perdemos uns 40 minutos para trocá-lo, já que estava em uma superfície arenosa e tínhamos dificuldades com o macaco. Um dos amigos que fizemos por lá nos ajudou com a tarefa e nos deu dicas interessantes para situações com esta. Mesmo assim, conseguimos terminar antes das 8h, tomamos café da manhã e pegamos o guia às 8:30h na comunidade de São João. Desta vez fomos para o outro sentido, ao norte. Tivemos que pagar 5 reais por pessoa para entrar na caverna.

A entrada era menor e menos exuberante do que na Terra Ronca I, mas era interessante. Também corria um rio por dentro, de águas cristalinas, assim como nas outras cavernas. De entrada fácil e os obstáculos internos também eram fáceis. A formação dos salões eram diferentes, um pouco mais baixos, mas com teto liso, solo liso, havia corredores. Era possível acampar lá dentro, talvez fosse uma das coisas curiosas a se fazer por lá. Pude perceber insetos bem estranhos lá dentro, uma espécie de baratas com antenas enormes, por conta da sensibilidade à ausência de luz.

Espelotemas na caverna Angélica / Speleothems in Angélica's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/11, 30s, ISO 200, 10mm, 07/09/15 10:39h

Espelotemas na caverna Angélica / Speleothems in Angélica's cave
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/11, 30s, ISO 200, 10mm, 07/09/15 10:52h

Espelotemas na caverna Angélica, salão espelhado / Speleothems in Angélica's cave, mirror's hall 
Exif: Nikon D7000, Lente Sigma 10-20mm, f/11, 20s, ISO 200, 12mm, 07/09/15 11:11h

Uma das salas tinham um lago abaixo das formações das estalactites que, quando iluminadas, refletiam as luzes na água, fazendo um espelho fantástico. Outro salão tinha o teto dourado, simulando a presença de ouro no local. Depois de um passeio rápido voltamos para a pousada, tomamos um banho e almoçamos. Acertamos as contas e despedimos dos proprietários, que nos atendeu muito bem durante nossa hospedagem. No caminho de volta soube de uma pousada, chamada Terra Ronca, que possuía uma borracharia e um borracheiro, a 8km da pousada que estávamos. Puxa, fiquei admirado com essa possibilidade dentro de um parque com infraestrutura humilde. Pagamos 10 reais para o borracheiro retirar o prego e fazer um remendo no pneu que estava furado. Agradecemos e seguimos adiante.

Deu tudo certo, ficamos satisfeitos com o destino escolhido, com a pousada, os amigos que fizemos e a companhia dos amigos já conhecidos. Ficou para trás muitas cavernas a serem visitadas, um dia pretendo retornar para aproveitar outro roteiro. Fica a recomendação para você e espero que o relato tenha ajudado na sua preparação para esse roteiro.

Abraços.

sábado, 8 de agosto de 2015

Travessia dos Lagos Andinos - Crossing the Andean Lakes

Para nós brasileiros, acostumados ao clima tropical, calor, praia e especialmente eu, que sou mineiro, nascido e crescido no ambiente do cerrado, assistir ao cenário épico da região dos lagos no Chile é de se impressionar. Cena de filme e certamente para não se esquecer.

For brazilians, like us, are used to tropical weather, hot, beaches and specially me, mineiro, born and grown on cerrado's environment, to watch an epical scenario of lakes's region in Chile is to impressive. It's a movie scene and certainly not to forget.
A região dos lagos (Los Lagos) faz parte da província Llanquihue (uma das 4 províncias da região dos lagos), e a capital da província é Puerto Montt, porta de entrada para a patagônia chilena, ao sul. No Chile há essa diferença de organização territorial e política em relação ao Brasil, pois são províncias cujo representante é nomeado pelo governo do país, com pouca autonomia, enquanto aqui são estados, com leis independentes e governadores selecionados por meio de eleição. É um país pequeno, permite uma estrutura como essa. Para se ter uma ideia a população do Chile não é maior do que a região metropolitana de São Paulo, com aproximadamente 17 mi de habitantes. A população da cidade de Puerto Montt cresceu 35% em menos de 10 anos (atualmente com aproximados 250 mil habitantes), muito em função do aquecimento das exportações de salmão e trutas, hoje uma das maiores atividades econômicas da região. O país é um dos maiores produtores mundiais de salmão, atrás somente da Noruega.

The lakes's region (Los Lagos) is part of Llanquihue province (one of four provinces of lakes's region), and it capital is Puerto Montt, entrance for chilean's patagonia, by south. In Chile there is this difference of teritorial organization of Brazil, because it is provinces, whose representative is chosen by a government, with little autonomy, while here are the states, with independent laws and governors chosen by elections. It is a small country, allows a structure like that. To have an idea the Chile's population isn't bigger than metropolitan region of São Paulo, with 17 thousands population, approximately. The Puerto Montt's population grown 35% in less than ten years (nowadays with approximately 250 thousands population), mostly related of increases exports of salmons and truts, today one of the biggest region economic activities. The country is one of the biggest world producers of salmon, only behind of Norway.

Cidade de Puerto Montt / City of Puerto Montt
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/1250s, ISO 200, 80mm, 13/04/13 11:18h
Mercado Municipal Puerto Montt / Municipal Market of Puerto Montt
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5, 1/50s, ISO 400, 70mm, 13/04/13 12:13h
Segundo os criadores da região o processo de engorda do salmão leva em torno de um ano e meio, sendo que seria um ano em água doce e seis meses em água salgada, no qual é necessário o transporte em tanques para concluir o processo.

According to the creators of the region the salmon's fattening process takes around one year and half, wherein would be one year in fresh water and six months in salt water, in which is necessary the transportation in tanks to finish the process.

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Minha passagem pela região, junto com minha esposa, foi em abril de 2013, cuja temperatura média foi em torno de 12 graus. Quando cheguei em Puerto Montt, a partir de Santiago, me impressionei com a infraestrutura do aeroporto da cidade, com voos internacionais e bem moderno. Pegando um transfer (que já estava incluído no pacote de viagens) até o centro da cidade, tirei algumas fotos e fomos até Puerto Varas, aonde fiquei hospedado no hotel Colonos Del Sur. Café da manhã impecável. Escolhemos a cidade pela posição mais estratégica para a travessia dos lagos e, além disso, se localizava entre Puerto Montt e Frutillar, esta última que seria o destino do dia seguinte. Andamos pela cidade, pequena e muito charmosa, tomamos uma cerveja artesanal a noite na calçada de um dos bares, com bancos e mesas rústicos. Como gostamos bastante de pedalar aproveitamos a caminhada para saber se havia possibilidade de alugar alguma bicicleta para pedalar na região. Identificamos a loja representante da marca Salomon e fomos informados que o preço para 24 horas de aluguel seria em torno de 25 reais para cada bike. Achei justo.

We went to the region, me and my wife, in april 2013, whose middle temperature was around twelve celsius degrees. When I arrived in Puerto Montt, from Santiago, I impressed me with the infraestructure of the city's airport, with international flights and too modern. Taking a transfer (which was included on travel package) until the downtown, I took some pictures and we went until Puerto Varas, where we stay hosted at hotel Colonos Del Sur. Impeccable breakfast on the morning. We chose the city because of the strategic position to cross the lakes, besides, located between Puerto Montt and Frutillar, this last one that would be the destiny of the next day. We walked through the city, small and too charming, we drink a craft beer at night in one of the bars sidewalk, with rustic benches and tables. As we like to cycling a lot we advanced to discover where we could rent a bike to pedal in region. We identified a store of Salomon market and where informed that the price for 24 hours of rent would be around 25 reais (around 6 or 7 dollars) for each bike. I thought fair.

Avenida Gramado, principal de Puerto Varas / Gramado Avenue, primary route of Puerto Varas
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200m, f/11, 1/250s, ISO 200, 95mm, 14/04/13 18:!2h
No dia seguinte fomos até Frutillar, conhecer o que nos esperava por lá. Infelizmente, pegamos um dia chuvoso, que atrapalhou bastante para visualizar a paisagem a partir do lago. Queria muito ter visto ao fundo o vulcão Osorno. Não seria a primeira vez em contato com um vulcão, mas a cordilheira dos andes sempre me fascinou, então eu estava bastante ansioso. Enfim, neste dia não foi possível visualizá-lo, mas deu para aproveitar a cidade e tirar algumas fotos interessantes.

In the day after we went to Frutillar, to find what was expecting us there. Unfortunately, we took a rain and cloudy day, that disturbed to see the landscape from the lake. We wanted to see in background the volcano Osorno. It wouldn't be the first time in contact with a volcano, but the Andes always fascinated me, so I was very anxious. However, in this day it wasn't possible do see it, but we take the opportunity to enjoy the city em take some interesting pictures.

Vista do Osorno a partir do lago em Frutillar / Osorno's view from lake in Frutillar
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/20, 1/60s, ISO 400, 34mm, 14/04/13 11:45h
Um pouco desanimados com o fato de não ver o vulcão a partir de Frutillar, ficamos satisfeitos com outras possibilidades de visita da cidade. No dia seguinte já havíamos comprado um passeio para visitar o vulcão. No entanto, sempre ouvimos que o tempo lá mudava de uma hora para outra, começava a chover no nada e o tempo se fechava. A experiência no dia em Frutillar já nos deixava preocupados, sentindo a possibilidade de não subir no vulcão e ter a vista que esperávamos da região. Por sorte as nuvens que apareceram mais ajudaram do que atrapalharam.

A little discouraged with the fact of not seeing the volcano from Frutillar, we stayed satisfied with other possibilities to visit de city. At the day after, we already had bought a ride to visit the volcano. However, we always heard that the weather changes of a sudden, start raining from nothing e the time closes. The experience of the day in Frutillar left us worried, felling the possibility of not climb the volcano and not have the view that we expected of the region. We had luck because the clouds that showed up more helped instead disturbed.

Vista do Osorno a partir do final da Avenida Gramado / Osorno's view from the end of Gramado Avenue
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/11, 1/250s, ISO 200, 95mm, 14/04/13 18:13h
Saímos cedo para visitar o Osorno, sentido leste a partir de Puerto Varas. Já fui pensando no trajeto para a trilha de bike que iríamos fazer dois dias depois, já que parte dele estávamos percorrendo de carro. Mesmo assim, a expectativa do dia era pegar uma vista do alto do vulcão e pela manhã tudo indicava que o tempo ficaria aberto. O vulcão leva o nome da província, cuja origem se refere a uma homenagem ao nome do avô do governador que a fundou, vindo da Espanha no século XVI. O Osorno, um dos vulcões mais ativos dos Andes do sul do Chile (11 registros de erupção em 3 séculos), é muito conhecido pela sua semelhança com o Mote Fuji, no Japão. O cume pontudo, o formato cônico e as geleiras no topo dão a ele esta semelhança.

Ao percorrer o trajeto de 60km até o final da subida é possível desfrutar de uma paisagem muito bonita da estrada. Além do lago ao lado com o vulcão Osorno sempre se exibindo ao fundo, em meio à vegetação de araucárias e outras árvores típicas da região, visualizamos outros dois vulcões que fazem parte do conjunto de 4 principais vulcões da região: o Pontiagudo e o Calbuco. Outro vulcão importante é o Tronador, que divide o Chile e a Argentina pelas Cordilheiras.

Chegando ao topo, a paisagem é coisa de tirar o fôlego! Para um lado o lago Llanquihue com as cidades de Puerto Varas e Frutillar ao fundo, misturado a uma mata com cores diversas, entre verde tons de laranja e amarelo. Nuvens altas e rasteiras, cortando as luzes do sol e suas cores em tons laranjas. Do outro lado o vulcão imponente Calbuco, com as nuvens o cortando, aparecendo somente o cume. Por um momento ficou tampado pelas nuvens e minhas esperanças de uma foto que eu esperava foram diminuindo, até que as nuvens saiam e voltavam de tempos em tempos. Nesses intervalos pude registrar o que queria. Um casal aparece em direção ao Calbuco e sentam em um banco para apreciarem a paisagem. Seria muito ruim para um foto se o homem não estivesse com uma blusa de frio vermelha, criando um contraste imperdível com o azul e branco do céu e vulcão ao fundo. Cliquei.

We left early to visit the Osorno, to east from Puerto Varas. I was going thinking on the course to the trail for bike that we'll go to pedal in a couple days, since part of it we were passing by car. However, the expectation of the day was to get a view from the top of the volcano and in the morning it all indicated that the time would be open. The volcano has the name of the province, which origin refers a tribute to the grandfather's of the governor that founded the city, coming from Spain in XVI century. The Osorno, one of the most active volcanos of Andes of the south Chile (11 registrations of eruption in 3 centuries), is very known by your similarity with mount Fuji, in Japan. The pointy summit, the conical shape and the glaciers on top gives it this similarity.

To go the path of 60km (96 miles) to the end of the climb is possible to enjoy of a landscape very beautiful from the road. Besides the lake beside with the volcano Osorno always showing in background, in the middle of the araucaria's vegetation and other trees of the region, we've seen other two volcanos that form part of the set of 4 main volcanos of the region: Pontiagudo and Calbuco. Another important volcano is Tronador, that divide Chile and Argentina through the Andes.


Arriving the climb, the scenery is breathtaking! For one side there is Llanquihue's lake with the cities Puerto Varas and Frutillar in background, mixing a forest with different colors, between green with orange shades and yellow. High clouds and creeping, cutting the lights of the sun and colors in orange shades. On the other side the imposing volcano Calbuco, with clouds cutting it, showing only the top. For a moment it stayed covered by clouds and my wishes of a picture that I was waiting was decreasing, until that the clouds got out and come back from time to time. In these breaks I can registrate what I wanted. A couple appears in direction of Calbuco and sit on a bank to enjoy the view. It would very bad for a picture if the man was not wearing a red coat, forming an unmissable contrast with the blue and white colors from de sky and the volcano in background. I shot the picture.

Vista do Lago Llanquihue a partir do vulcão Osorno / View of Llanquihue lake from volcano Osorno
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5, 1/1250s, ISO 100, 75mm, 14/04/13 16:13h

Vista do vulcão Calbuco a partir do vulcão Osorno / View of Calbuco volcano from volcano Osorno
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.3, 1/640s, ISO 100, 95mm, 14/04/13 16:28h
Éramos os únicos na van para o passeio. Isso nos dava certo conforto em poder aproveitar mais o cenário. Sentamos, ficamos buscando todo tipo de detalhe, o movimento das nuvens, pegávamos as rochas vulcânicas no chão, analisávamos os formatos, parecia que estávamos em outro planeta. Eitas mineirinhos... até trouxemos umas amostras das rochas e temos guardadas em uma das estantes da sala até hoje.

We were the only in the van to make the tour. This gave us confort to enjoy more the scenario. We sit, kept searching for every kind of detail, the motion of the clouds, we catch the volcanic rocks on the floor, analysed the shapes, looked like we were in another planet. We even brought some samples of the rocks and we keep them on the living room's shelf until nowadays.

Minha esposa desfrutando da paisagem, ao fundo o cume do vulcão Osorno / My wife enjoying the landscape, the background the summit of the volcano Osorno
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5, 1/640s, ISO 100, 18mm, 14/04/13 16:26h
Enfim, depois de uma overdose de paisagem, tiramos alguns minutos para comer. Ainda no Osorno, havia uma lanchonete/restaurante aberta e, como de costume, fomos experimentar alguma coisa típica da região. Há alguns dias antes tínhamos conhecido a empanada chilena, um dos melhores salgados assados que já comi na vida. Feito com uma massa fina e recheada com pino, uma mistura de carne, cebola, ovo cozido e azeitonas. Normalmente é assada em forno de barro, mas neste caso foi em forno elétrico. Pedimos duas, sem pensar, e duas latas de Coca-Cola para acompanhar. Enquanto comíamos uma cena interessante se passava. O garoto que nos serviu saiu da lanchonete e, imagino que por estar entediado com o pouco movimento do dia, esculpiu um boneco de neve sobre uma estaca de madeira. De dentro da lanchonete capturei a cena. E o boneco dele estava bem feito. Ele tirou algumas fotos pelo celular e depois desmanchou tudo...

In the end, after an overdose of landscapes, we took off a few minutes to eat. Still in Osorno, there was a snack bar/restaurant open and, as usual, we went try something typical of the region. A few days ago we ate the "empanada chilena" (chilean pie), one of the best savory snacks roasted that I ate. It is made with a thin crust and stuffed with pin, a mixture of beef, onion, boiled egg and olives. Normally it's toasted in a clay oven, but in this case it was in eletric oven. We ask two units, without thinking, and two Coke cans to follow. While we eat an interesting scene was passing. The boy who was serving us went out the snack bar and, I thought it was because he was bored with the few motion of the day, carved a snow doll above a wood cutting. From inside the snack bar I took the photo. And his doll was in good shape. He took some pictures with his mobile and after broke it all...

Garoto esculpindo um boneco de neve / Boy carving a snow's doll
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/640s, ISO 100, 200mm, 14/04/13 16:39h

Empanada Chilena / Chilean pie
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5, 1/60s, ISO 100, 32mm, 14/04/13 16:42h
É hora de voltar. Final de tarde e era preciso retornar ao Hotel antes do anoitecer. A descida chega a ser ainda mais interessante do que quando estamos subindo, pois a paisagem está de frente para você. A van era grande, com vidros panorâmicos, dava a possibilidade de fazer as fotos com ângulos variados, já que eram muitas curvas. Foi na descida que pela primeira vez visualizamos o vulcão Tronador, que dividia a região dos lagos do Chile e Bariloche, na Argentina.

It's time to come back. End of afternoon and was needed return to the hotel before the sunset. Getting down turned more interesting than when we were climbing, because the landscape is in front of you. The van was big one, with panoramic glasses, it was possible to make photos with different angles, since they were too many curves. It was getting down that for first time we saw the volcano Tronador, that divide the Chile's lakes region and Bariloche, in Argentina.

Vulcão Tronador, visto durante a descida do vulcão Osorno / Volcano Tronador, seen during the down of volcano Osorno
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/1000s, ISO 100, 60mm, 14/04/13 17:06h

Paisagem durante descida do vulcão Osorno / Landscape during the down of volcano Osorno
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/1000s, ISO 100, 62mm, 14/04/13 17:08h
No dia seguinte aguardávamos no hotel para a chegada do ônibus com o passeio da travessia do lago Todos los Santos até o povoado de Peulla. Esse povoado é ponto de parada para quem pretende ir até Bariloche por meio dos lagos. Uma ótima ideia, inclusive, porque viajar de avião por essas bandas é um desperdício tremendo. No nosso caso, compramos o passeio para chegar até o povoado e retorno ao final do dia. Saímos cedo novamente, para aproveitar o dia. O caminho era o mesmo do dia anterior, até uma bifurcação que nos levava ao vulcão Osorno. Pegamos à direita, continuado no sentido leste. Passamos exatamente no vale entre o vulcão e a sequência de montanhas das cordilheiras. Nesse vale, antes de pegar chalana para a travessia do lago, paramos nas margens do Rio Petrohué, dentro do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, o qual é considerado o melhor local para pesca esportiva no Chile.

In the day after we were at the hotel waiting for the bus arrival to make the ride crossing the lake "Todos los Santos" until Peulla's village. This village is the stopping point for who intend to go to Bariloche through the lake. A great ideia, by the way, because travelling by airplane around these places is a big waste. In our case, we bought the ride to arrive until the village and returning at the end of the day. We left early again, to seize the day. The path was the same of the day before, until a fork that led us to the volcano Osorno. We got right, continuing for east side. We pass exactly through the valley between the volcano and the sequence of mountains of Andes. In this valley, before getting inside the boat to cross the lake, we stopped in margin of Petrohué river, inside the "Vicente Pérez Rosales National Park", which is considered the best place for sport fishing in Chile.


Salmão nadando nas águas verdes do Rio Petrohué / Salmons diving in the green waters of River Petrohué
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/60s, ISO 800, 200mm, 15/04/13 09:37h

Um dos Saltos do Rio Petrohué, com o vulcão Osorno ao fundo / One of the waterfalls of River Petrohué, with the volcano Osorno in background
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/18, 1/15s, ISO 100, 18mm, 15/04/13 09:44h

O Rio Petrohué é a sequência do lago Todos los Santos. Águas verdes e claras deram apelido ao lago de Esmeralda, o qual foi formado após derretimento de umas das geleiras dos Andes. Após visita do Rio Petrohué pegamos a chalana para o lago. Dele é possível avistar os quatro principais vulcões da região com boa visibilidade.

No embarque havia nuvens bem baixas, mas logo em seguida o tempo abriu e o sol forte apareceu, sem nuvens, mas ainda frio. Até então eu estive utilizando minha lente Nikkor 18-200mm por conta da versatilidade dela, que me permitia fotos de paisagem e de maior alcance sem ter que trocar a lente. Contudo, por causa da forte luz do sol pensei em trocar a lente para a do kit 18-55mm, de custo baixo e muito boa. A vantagem dela é que posso registrar as fotos com o menor abertura do diafragma, gerando menor impacto da luz direta do sol, se fosse o caso. Acabei aproveitando isso e fiz algumas fotos com a luz direta criando aquele efeito estrelado do sol. Eu ainda estava descobrindo algumas técnicas de fotografia e foi uma experiência interessante. Não foram tantas fotos boas nesse sentido porque acabei não limpando a lente, já que não a utilizava tanto. A luz direta do sol evidenciou algumas sujeirinhas na lente. Lição aprendida. Nunca mais saio sem que as lentes estejam devidamente limpas, além de carregar o kit de limpeza junto.

The Petrouhué River is the sequence of lake "Todos los Santos". Green and clear waters gave the nickname to Emerald, which was formed after melting of one of the Andes' glaciers. After the Petrohué's visit we take the boat up to the lake. From it is possible to see four of the main volcanos of the region with a good view.

At the boarding there was clouds really low, but shortly thereafter the weather opened and the strong sun showed up, without clouds, but still cold. Until then I was using my Nikkor 18-200m lens because of it's versatility, that allowed me photos of landscapes and greater range without changing lens. However, because of the strong light of the sun I thought changing the lens for the 18-55mm, kit's one, which has a low cost but is very good. The vantage is that I can take the pictures with smaller aperture, having less impact of the direct light creating the sun's starry effect. I was yet discovering few photograph's techniques and it was a good experience. It wasn't many good photos in that way because I didn't clean up the lens, since I not used so much. The direct light showed some little dirt at the lens. Lesson learned. I'll never more get out without cleaning the lens, besides of loading the cleaning kit together.

Embarque na chalana para a travessia do lago Todos los Santos / Boarding on barge to crossing of lake "Todos los Santos"
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/16, 1/60s, ISO 400, 18mm, 15/04/13 10:23h

Vista do vulcão Pontiagudo a partir do lago Todos los Santos / View of volcano Pontiagudo from lake "Todos los Santos"
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-55mm, f/20, 1/100s, ISO 100, 32mm, 15/04/13 11:19h

Lago Todos los Santos / Lake "Todos los Santos"
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-55mm, f/20, 1/80s, ISO 200, 38mm, 15/04/13 11:57h
A travessia levou aproximadamente 1 hora e 45 minutos. Não pareceu muito tempo, pois a paisagem não deixava parecer. Quando estava perto do final pensei que o restante do dia seria entendiante, já que vi toda a paisagem e voltaria pelo mesmo caminho. Mas quando cheguei no povoado de Peulla me surpreendi demais que com o que vi. Caramba, ficamos extasiados com o que vimos! Para começar já fomos recepcionados por uma cachoeira. No povoado, não parecia haver muita coisa lá, alguns casebres e um hotel bem imponente, chamado Puerto Peulla. Almoçamos no hotel e tivemos um bom tempo para dar uma volta pela região.

The crossing took 1 hour and 45 minutes, approximately. It didn't seem too because the landscape didn't let seem. When it was close to end I thought that the rest of the day would be boring, since that I saw the whole landscape and should come back by the same way. But when I arrived in the Peulla's village I was too surprised what I saw. We stayed too rapt with what we saw! To begin we were welcomed by a waterfall. In the village, didn't seem to have much thing there, only a few hovels and an imposing hotel, called "Puerto Peulla". We ate at the hotel and had a good time to take a walk through the region.

Vista da planície e montanhas em Peulla / View of plain and mountains of Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/20, 1/60s, ISO 200, 22mm, 15/04/13 15:08h

Cachoeira em Peulla /  Waterfall in Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/10, 1/100s, ISO 100, 18mm, 15/04/13 15:15h

Lago em Peulla / Lake in Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/20, 1/60s, ISO 200, 20mm, 15/04/13 15:10h
Hotel Puerto Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/9, 1/60s, ISO 200, 18mm, 15/04/13 12:32h

Havia uma planície alagada em frente ao hotel, com o lago mais a frente e as montanhas ao redor. Uma pintura! Andando por lá, peguei uma trilha de terra para descobrir o que poderia encontrar. Pensei, e pensei certo, que poderia encontrar uma vista diferente da planície alagada, que poderia me dar um ângulo diferenciado, enquadrando também o hotel. No meio do caminho encontramos um cemitério antigo do povoado, a vista de frente do cemitério dava para a planície, lago e montanhas. Fiquei pensando sobre a intenção do povoado em prestigiar os mortos com a vista mais bonita da serra.

There was a waterlogged plain in front of the hotel, with the lake more forward and the mountains around. A painting! Walking around, I took an earth trail to discover what I could find. I thought, and I did it right, that could find a different view of the waterlogged plain, that could give me a differentiated angle, framing the hotel too. In the middle of the way we found an old cemetery of the village, and the front view of the cemetery overlooking to the plain, lake and mountains. I stayed thinking about the intention of the village to honor the dead with the most beatiful view of the mountain.

Paisagem em Peulla / Landscape in Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/22, 1/60s, ISO 400, 44mm, 15/04/13 14:13h

Paisagem em Peulla com hotel Puerto Peulla ao fundo / Landscape in Peulla with hotel Puerto Peulla in background
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/22, 1/60s, ISO 400, 18mm, 15/04/13 14:14h

Paisagem em Peulla / Landscape in Peulla
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/18, 1/60s, ISO 200, 44mm, 15/04/13 14:59h

Cemitério antigo do povoado / Old cemetery of the village
Exif: Nikon D3100, Lente Nikkor 18-200mm, f/5.6, 1/100s, ISO 200, 18mm, 15/04/13 14:31h

Definitivamente superou nossas expectativas. É bonito demais. O tempo acabou e tivemos que voltar para Puerto Varas. O trajeto de volta foi ótimo para guardar a câmera na mochila e ficar só olhando para a paisagem. Pude perceber algumas coisas interessantes, como pais de família carregando filhos de volta da escola da comunidade de barco, me fez imaginar como seria a rotina diária deles.

Chegamos ao hotel em Puerto Varas, depois de um dia cheio de muitas paisagens e fotos. Nos preparávamos para a trilha de bike no dia seguinte. Como já tínhamos planejado esse pedal levamos as roupas, no entanto os equipamentos de segurança já pensávamos em utilizar os da loja. O único problema de termos deixado aos equipamentos de segurança para trás é que negligenciamos algumas coisas importantes, como câmara reserva e bomba de encher pneu. Itens que mais tarde fizeram muita falta e o preço foi alto. Pegamos tudo o que tinha que pegar, as bikes alugadas, câmeras, roupas, garrafas de água e blusas de frio. Estava menos de 10º no momento e era melhor pedalar cheio de roupas do que passar frio. No dia anterior, a noite, estudei o trajeto pela internet, gravei as curvas e cruzamentos na cabeça e fiz download do tracklog no site wikiloc (http://pt.wikiloc.com/wikiloc/home.do), coloquei no meu GPS Garmin Etrex 10 que utilizo para expedições de bike. É um modelo bem simples de GPS, rústico e monocromático. O bom dele é que é bastante preciso e resistente. Já caiu várias vezes, tomou chuvas, sofreu muita coisa, mas continua funcionando como novo.

Pedalando, já no início, quando encontrei a primeira cena para tirar foto, uma escultura bem interessante em uma das escolas da cidade, tive a primeira decepção do dia: a bateria da câmera estava descarregada. Apesar de tanta experiência com isso foi um erro de principiante. Para as pedaladas eu utilizava uma câmera compacta da Canon, modelo PowerShot SX240 HS. Quem utilizava ela normalmente era minha esposa e por isso não fiquei atento para a carga da bateria. Fiquei nervoso, mas não adiantava sofrer com isso. O jeito era improvisar com o celular e continuar o passeio. Fiquei frustrado, já que a resolução do celular era muito ruim e para piorar o cartão de memória estava praticamente cheio, tive que reduzir mais ainda a qualidade das fotos. Então, o que verão abaixo é o melhor que pude fazer.

Definitively exceeded our expectations. It is too beautiful. The time ended and we had to come back to Puerto Varas. The path of return was great to keep the camera in the bag and only stay looking to the landscape. I can realize some interest things, like parents transporting their kids back from the village school by boat, made me imagine how would be their daily routine.

We arrived the hotel in Puerto Varas, after a day with a lot of landscapes and photos. We prepared to the bycicle trail the day after. As we already had planned the pedal we took the clothes, however we chose to use the safety equipments from the store. The only problem letting those equipments in home is that we neglected a few important things, like inner tire and tire pump. Items that later was lacking and the price was high. We took everything we had to take, the rented bikes, the cameras, clothes, water bottles and coat. It was less than 10º celsius at the moment and was better to pedal with a lot of clothes than get cold. In the day earlier, at night, I studied the path through internet, I saved the curves and crossings in the head and I made the download of the tracklog at Wikiloc's website (http://www.wikiloc.com/wikiloc/home.do), put in my GPS Garmin Etrex 10 that I use to bike's expedition. It is a simple model of GPS, rustic and monochrome. The good thing in it is that's very precise and resistent. It fell many times, took rains, suffered many things, but continue still working like new.

We started to pedal, at the beginning, when I found the first scene to take picture, a sculpture well interesting in a school of the city, I had the first deception of the day: the battery of the camera was unloaded. Although of huge experience with it was beginner mistake. For the pedaling I used a compact camera Canon, model PowerShot SX240 HS. Who normally used was my wife and because this I didn't watched to load the battery. I was nervous, but it didn't help nothing. The way to improvise was use the mobile and continue the tour. I was frustrated, as the resolution of the mobile was very bad and to worse the situation the memory card was almost full, I had to reduce more de quality of the pictures. Then, what you'll see down is the best I could do.

Passamos por esse caminho no dia anterior para a subida até o vulcão Osorno / We passed trough this path the day before the volcano Osorno
Exif: Samsung Mobile, Lente -, f/2.6, 1/1400s, ISO 400, 4mm, 16/04/13 09:01h
Característica da zona rural da região dos lagos andinos. Terra escura, úmida e cascalhada. / Countryside of andean lakes region. lLnd dark, damp and gravels
Exif: Samsung Mobile, Lente -, f/2.6, 1/1800s, ISO 400, 4mm, 16/04/13 10:00h

No meio do percurso, chegando a um bairro de Puerto Varas, chamado Alerce, o pneu da bike da minha esposa fura. Mais uma falha de planejamento que nos gerou certo medo e preocupação. A região tinha uma característica de bairro perigoso, pessoas usando drogas em terrenos vagos, que ficavam sempre nos observando. Procurávamos uma borracharia para arrumar o pneu, mas a única que encontramos a pessoa não quis nos ajudar. Caminhando e empurrando as bikes chegamos até uma retífica de carros. Ainda faltavam uns 15km para chegar em Puerto Varas, tínhamos percorrido 35km, e a única alternativa que nos restou era pedir para alguém nos levar até Puerto Varas de carro. Pagamos 50.000 pesos chilenos para nos levar até lá, uma fortuna! Algo equivalente a 260 reais. Não quiseram fazer por menos. Amarramos as bicicletas em um veículo reboque e chegamos a Puerto Varas, entregamos as bikes, pagamos e ficamos de certa forma aliviados. Após a tensão do finalzinho fizemos uma retrospectiva e o saldo foi positivo, pois pedalar pela zona rural da região dos lagos no Chile foi uma experiência certamente inesquecível.

No dia seguinte teríamos que retornar a Santiago, mas a travessia dos lagos andinos que fizemos foi um passeio que nos surpreendeu muito, pela infraestrutura das cidades, do turismo de alto nível, da boa comida e das paisagens (nada melhor que isso para que gosta de fotos). Um dia pretendo voltar para essa região, passando pela argentina de carro e continuar para a patagônia chilena. Quem sabe poderei compartilhar essa experiência com você e desfrutar de novos equipamentos de fotografia que adquiri depois desta viagem ao Chile.

Espero que tenha gostado do texto. Comente, pergunte o que quiser e recomende o texto para outros amigos. Em breve publicarei mais conteúdos de outras experiências no "Falando em Fotos". Grande abraço.

In the middle of the path, arriving to a neighborhood close do Pueto Varas, called Alerce, the inner tyre of my wife's bike got flat. One more planning failed that cause certain fear and concern. The region had a dangerous neighborhood type, people using drugs in vacant lot, they were always observing us. We looked for a tyre fitter, but he only one that we found the person didn't want to help us. We were walking and pushing the bycicles when we arrived until a grinding car. Still missing around 15km (or 9 miles) to arrive in Puerto Varas, we had tracked 35km (or 20 miles), and the only alternative that left us was asking somebody to get us to Puerto Varas by car. We payed 50.000 chilean pesos (around 100 dollars) to get us there, a great fortune! They didn't want to charge less. We tied the bikes in a vehicle towing and arrived to Puerto Varas, delivered the bikes, payed and stayed relieved in certain way. After the tension of the last hours we made a retrospective and the balance was positive, because to pedal through the countryside of the lakes region in Chile was a grateful experience and certainly unforgetable.

In the day after we had to return to Santiago, but crossing the andean lakes that we made was an amazing tour, because of the infraestructure of the cities, of the tourism in high level, of the food and landscapes (nothing better than that for who likes photographs). A day I intend to come back to this region, passing through Argentina by car and continue to the chilean patagonia. Who knows I can share that experience with you and enjoy the photograph's new equipments that I bought after the Chile's travel.

I hope that you liked the story. Comment, ask what you want and recommend the story for other friends. Soon I'll publish more contents of other experiences in "Falando em Fotos" / "Speaking in Photos". Huge hugs.